quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Kinross busca novas reservas no Brasil

Kinross busca novas reservas no Brasil

Eduardo Almeida/Divulgacao / Eduardo Almeida/Divulgacao"Estamos na fase final do nosso plano. Com isso, ganhamos grande representatividade nos negócios globais", afirma Marinho, presidente da Kinross no Brasil
Estimulada pelo avanço do preço do ouro no mercado internacional, a Kinross conclui neste ano seu longo plano de expansão produtiva no Brasil. Com os últimos desembolsos, de US$ 150 milhões, os investimentos da multinacional no país somam US$ 1,5 bilhão desde 2007. Ao mesmo tempo, a Kinross inicia três projetos de pesquisa para exploração de ouro, com o objetivo de detectar novos depósitos em território brasileiro.
"Estamos na fase final do nosso plano de investimentos. Com isso, ganhamos grande representatividade nos negócios globais da empresa", afirmou ao Valor o presidente da Kinross no Brasil, Antônio Carlos Marinho.
A canadense iniciou a construção do quarto moinho de bolas em sua unidade de Paracatú, no noroeste de Minas Gerais, projeto que tem previsão de ser concluído no segundo semestre. Os investimentos incluem ainda uma nova frota de equipamentos e mais duas unidade de flotação rápida.
Esses investimentos devem ajudar a empresa a elevar a produtividade do processamento do metal da mina Morro do Ouro, que tem o menor teor aurífero do mundo - com uma média de 0,4 gramas de ouro por tonelada de minério.
O quarto moinho de bolas, por exemplo, aumenta a capacidade de moagem para processar a parte mais dura do corpo mineral. O processamento dos minérios de maior dureza - permitido pela segunda planta de processamento, concluída em 2009 - fez com que a vida da mina fosse aumentada em cerca de 25 anos. Hoje, a previsão é de que a vida útil da mina ultrapasse 2040.
As unidades de flotação rápida, por sua vez, têm tecnologia para capturar as partículas de ouro liberadas no início do processo de beneficiamento, evitando sua oxidação, com menor custo operacional. "A ideia dos últimos investimentos é tornar mais eficiente a nossa capacidade instalada em Paracatú", afirmou o executivo.
Em 2007, quando a Kinross deu o pontapé inicial em seu plano de investimentos no Brasil, os desembolsos somaram US$ 570 milhões, com a implantação da segunda planta de processamento do minério. Em 2011, foi concluída a construção do terceiro moinho, com US$ 94 milhões. Foram desembolsados neste período ainda US$ 708 milhões em infraestrutura de mina e manutenção das fábricas.
Com essas iniciativas, em 2011 a produção da Kinross no Brasil alcançou 16,2 toneladas de ouro, ultrapassando sua rival, a sul-africana AngloGold Ashanti. O resultado representa 20% da produção mundial da canadense. "Vamos a 18 toneladas em dois anos", completa o executivo.
O faturamento da subsidiária - que, além das operações em Paracatu, tem uma joint venture com a AngloGold Ashanti em Goiás - somou US$ 810,5 milhões em 2011, sendo que em 2010, as vendas totalizavam US$ 692,5 milhões.
Os resultados e as decisões de investimentos da empresa tiveram um grande aliado: o alto preço do ouro. A valorização do metal está associada à instabilidade da economia mundial, que aumenta a aversão ao risco dos investidores, que buscam ativos mais seguros. Em Nova York, a cotação do ouro avançou 16,63%, desde o início do ano até o fechamento de ontem, quando ficou no patamar dos US$ 1.786,90 por onça troy. No acumulado de 2011, o metal subiu 8,94%.
Os próximos passos da Kinross se voltam para a avaliação de três projetos estratégicos de pesquisa em mineração, sobre os quais a companhia não quis adiantar detalhes. "Ao fim dos nossos investimentos, será o momento de colher os resultados. Não temos ainda um novo plano de expansão em mente, mas somos cada vez mais significativos nos negócios globais. A empresa tem bons planos para o Brasil", afirmou Marinho.
Com minas e projetos em oito países, a empresa faturou globalmente US$ 3,9 bilhões em 2011, alta de 31%. A produção somou 83,6 toneladas. Mas, fechou o ano com prejuízo de US$ 2 bilhões, ante lucro de US$ 759,7 milhões em 2010.

Glencore e Sumitomo compram mina da Rio Tinto

Glencore e Sumitomo compram mina da Rio Tinto

A Glencore Xstrata e a Sumitomo compraram da Rio Tinto uma participação controladora na terceira maior mina de carvão energético australiana. A aquisição é a mais recente iniciativa da parte de tradings de commodities para garantir maior controle de cadeias de abastecimento de recursos naturais.
As tradings de commodities estão se expandindo rapidamente a partir de seus negócios tradicionais "de intermediárias" de compra e venda de matérias-primas, em que as margens são extremamente estreitas, para a aquisição de ativos físicos.
Desde que a Glencore concluiu sua compra, por US$ 44 bilhões, da Xstrata, em maio, as tradings gastaram cerca de US$ 1 bilhão ao mês na compra de ativos das mãos de produtoras, segundo a consultoria Oliver Wyman. Elas abocanharam desde minas de zinco e carvão até unidades de esmagamento de soja e moinhos de trigo.
A Glencore e a Sumitomo disseram que concordaram em pagar pouco mais de US$ 1 bilhão por uma participação controladora de 50,1% na mina de carvão energético de Clermont, na região central do Estado de Queensland. Cada uma das empresas deterá uma participação de 25,05%, mas a Glencore vai operar a mina a céu aberto e, o que é decisivo, comercializar seu carvão.
Clermont produziu quase 9 milhões de toneladas de carvão energético, empregado na geração de energia elétrica, nos nove primeiros meses deste ano. Entre os demais acionistas da mina estão a Mitsubishi e a J-Power.
"Esse investimento sintetiza nosso foco em identificar ativos de alta qualidade que complementem nossas operações e nosso potencial de comercialização já existentes", disse Peter Freybeerg, diretor de carvão da Glencore.
Para a Rio Tinto, a venda de Clermont permite depreender que o grupo minerador anglo-australiano levantou mais de US$ 3 bilhões com a venda de ativos este ano, parte de seu esforço para racionalizar sua carteira e quitar dívidas.
A Rio Tinto também vendeu sua mina de cobre de Northparkes, na Austrália, e o projeto de níquel e cobre de Eagle, nos Estados Unidos. Mas tentativas de vender ativos de minério de ferro no Canadá estão em suspenso, enquanto a Rio Tinto decidiu também não vender sua divisão de diamantes e tirou parte de seus ativos de alumínio do mercado.
Analistas disseram que tudo indica que a Glencore pagou o preço cheio por sua participação em Clermont, mas isso pode ser justificado devido aos direitos de comercialização.
"Com base nos fundamentos econômicos, parece caro, mas as sinergias de comercialização vão aumentar a atratividade da operação", disse um deles. A Glencore é a maior trading mundial de carvão energético por via marítima, com uma participação de mercado estimada em mais de 30%, segundo analistas.
A crescente produção da Indonésia e o enfraquecimento da demanda da parte da China deprimiram os preços do carvão australiano, que caíram 15% este ano. As mineradoras reagiram pela diminuição dos custos e pelo fechamento de minas pouco lucrativas.
Mas, em seu recente dia do investidor em Londres, a Glencore se mostrou otimista sobre o carvão, dizendo que a sólida demanda por nova capacidade de geração de energia elétrica na Ásia puxará os preços para cima no médio prazo.

Catoca, a nova multinacional de Angola vai pesquisar diamantes em Zimbabwe

Catoca, a nova multinacional de Angola vai pesquisar diamantes em Zimbabwe A Sociedade Mineira de Catoca ltda é a empresa de exploração de diamantes de Angola que lavra a maior mina de diamantes deste país: a mina de Catoca. Em 2012 a produção de diamantes de Catoca correspondeu a 86% de todas as vendas de diamantes de Angola.  Esta empresa tem por sócios a Endiama de Angola, russa Alrosa, a chinesa LLI Holding BV e a brasileira Odebrecht. A mina tem uma lavra a céu aberto e está localizada sobre o kimberlito de Catoca com uma área aproximada de 54 hectares e vem sendo lavrada desde 1997.
Apenas dois dias atrás a Catoca decidiu, oficialmente, iniciar os trabalhos de exploração mineral e pesquisa para diamantes em Zimbabwe. O acordo entre Angola e Zimbabwe reza que Catoca irá prover suporte tecnológico e pesquisa nas minas e na exploração mineral. Possivelmente a Catoca não irá se restringir exclusivamente aos diamantes de Zimbabwe, um país rico em metais básicos e pouco explorado.


terça-feira, 29 de outubro de 2013

Metago vende sua jazida de titanio para pagar dívidas: Vale agradece

Metago vende sua jazida de titanio para pagar dívidas: Vale agradece A Vale comprou por R$9 milhões mais 8% de royalties os direitos de lavra da Metago sobre a jazida de titanio de Castalão-Ouvidor em Goiás
A Metago em processo de liquidação foi obrigada a vender os seus ativos para pagar dívidas e realizou a licitação que a Vale foi vencedora.
A jazida tem 85 milhões de toneladas de toneladas e é uma das maiores do Brasil. Caso a Vale venha a explorar outros minerais como terras raras, vermiculita etc.. ela pagará 8% de royalties sobre o faturamento adicional.


Governo vai tombar nascente de rio

Governo vai tombar nascente de rio

André Pessoa/Divulgação / André Pessoa/DivulgaçãoAntero Petronilio reclama da poluição lançada pelas cidades próximas no lago da usina de Serra da Mesa, no rio Tocantins: "Beber água do rio nem pensar"
As nascentes dos rios Tocantins, São Francisco e Araguaia, fortemente associados ao agronegócio e à geração de energia, serão tombadas pelo governo como patrimônio nacional, restringindo usos que representam ameaças à sua conservação e à continuidade de tradições populares.
A iniciativa, pioneira no país, reforça os instrumentos previstos pela Lei das Águas para controle e proteção dos recursos hídricos. "Agregar valor cultural é uma maneira de se evitar alterações na paisagem, prevenir enchentes e garantir a restauração de mananciais importantes para o abastecimento e a produção", justifica Dalvino Franca, da Agência Nacional de Águas (ANA), responsável pelo mapeamento e estudos que delimitarão as áreas tombadas, que já foram iniciados. O processo de tombamento pode ser iniciado antes do fim do ano.
"O conceito de nascente não se restringe a um olho d'água, mas a todo o perímetro que engloba a principal bacia de drenagem formadora do rio", explica Franca. A partir de imagens de satélite, mapas e dados de campo colhidos por técnicos da ANA, o processo de tombamento será finalizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a quem caberá a análise prévia de intervenções urbanas e empreendimentos econômicos na área.
O trabalho se complementa ao licenciamento ambiental. Garimpos, exploração de areia no leito, navegação, construção de portos e marinas, pesca e captação de água são exemplos de atividades sob controle. Municípios situados na delimitação das nascentes dos rios serão compelidos a implantar ou expandir tratamento de esgoto. O lugar será reflorestado para a maior infiltração de água das chuvas no solo, reduzindo a erosão.
A proposta do tombamento de rios e bens associados à água surgiu quando foram identificados sítios históricos sob ameaça de inundações, como a que atingiu em 2001 a cidade de Goiás Velho, reconhecida como Patrimônio da Humanidade pela Unesco. Um sistema de alerta com sirenes foi instalado na bacia do rio Vermelho, que cruza o centro urbano e agora está na lista do tombamento. O tombamento, segundo Franca, não implica desapropriação de terras, como ocorre na criação de parque nacional ou reserva biológica, por exemplo.
André Pessoa/Divulgação / André Pessoa/DivulgaçãoRio Araguaia: mudança no clima tira atividade tradicional dos vazanteiros
A iniciativa, em sua visão, tem o poder de sensibilizar produtores rurais em lugares protegidos, que teoricamente passam a receber atenção especial do poder público. Os proprietários ganham a responsabilidade de proteger recursos e poderão ser remunerados pelo serviço ambiental que prestam ao abrir mão de áreas produtivas em nome da conservação, a partir de iniciativas municipais, estaduais ou federais.
No programa Produtor de Água, a ANA investiu até o momento cerca de R$ 14 milhões na conservação de água e solo, através de plantio de matas ciliares, readequação de estradas vicinais e construção de pequenas barragens, entre outras medidas, envolvendo 400 produtores.
"A proposta é reconhecer a importância do patrimônio hídrico e dar um diferencial para as terras nas nascentes dos grandes rios, muitas vezes ligados a projetos econômicos e também a culturas milenares", completa Franca. Ele argumenta que "a fundamentação científica evita dúvidas e casuísmos sobre o patrimônio tombado e funciona como respaldo legal na disputa pelo uso da água".
Há novas metodologias para o cálculo sobre quais fontes hídricas são mais representativas na formação de determinados rios. Mas há muito que evoluir na precisão dos dados, hoje baseados em mapas com escala de 1 para 1 milhão, de menor resolução. No rio São Francisco, a nascente "histórica" está localizada na Serra da Canastra, no município de São Roque de Minas (MG). No entanto, estudos mais precisos determinaram que a fonte principal está em outro lugar, em Medeiros (MG), que agora reivindica o prestígio de abrigar a nascente do Velho Chico, nutrida pelo principal contribuinte da bacia, o rio Samburá.
No norte de Goiás, uma placa na rodovia que bordeja o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, entre os municípios de Alto Paraíso e Colinas do Sul, avisa: "Você está na bacia do rio Tocantins". É uma pista para quem procura a nascente deste manancial de 2,4 mil km que cruza três Estados até desaguar no rio Amazonas.
A estrada é rota de fontes de águas termais, balneários e inúmeras cachoeiras, como a que se localiza na propriedade de Osvaldo e Vanda Poeck. Eles decidiram abandonar a pecuária e proteger o local, criando a Reserva Particular do Patrimônio Nacional Cachoeiras da Pedra Bonita. "Somos vistos como empecilho ao desenvolvimento", diz Vanda, preocupada com o projeto de pequena central hidrelétrica que coloca em risco a queda d'água e o turismo que mantém economicamente a sua conservação, no rio Tocantinzinho.
André Pessoa/Divulgação / André Pessoa/DivulgaçãoProjeto prevê reflorestamento para infiltração de água e redução da erosão
Na confluência dele com o rio Maranhão, área hoje ocupada pela represa da Hidrelétrica Serra da Mesa, localiza-se oficialmente a nascente do Tocantins. "Beber água do rio nem pensar", afirma Antero Petronilio, reclamando da poluição lançada pelas cidades próximas e do cheiro do metano que exala no lago da usina, devido à vegetação submersa. A captação para as torneiras na casa da família é feita em fontes minerais dentro da mata vizinha, nas terras de seu irmão - um garimpeiro que derruba barrancos de riachos à caça de diamantes e aluga o cerrado de sua propriedade para exploração de carvão.
"Chove menos e, com o desmatamento, muitos grotões secaram", acrescenta o morador, posseiro que chegou há 51 anos no município de Niquelândia (GO), tradicional área de mineração de níquel e quartzo, situada perto da nascente do Tocantins, onde hoje já não há onça e veados como antes. "Em compensação, a hidrelétrica trouxe estradas e energia", reflete Petronilio

Regras para reserva Raposa Serra do Sol não têm extensão automática, decide STF

Regras para reserva Raposa Serra do Sol não têm extensão automática, decide STF

Nelson Jr./SCO/STF Decisão sobre reserva indígena é exclusiva, mas pode ter repercussão, diz Luís Roberto Barroso, ministro-relator
Ao julgar ontem sete recursos relativos à demarcação da terra indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que as 19 condições fixadas para o caso não se aplicam automaticamente à delimitação de outras terras - mas servem de precedente para orientar situações futuras.
A Advocacia-Geral da União (AGU) pretende aproveitar o julgamento para reeditar a Portaria 303, que estipulou as 19 regras referentes à Raposa Serra do Sol como parâmetros para todas as demais demarcações. Editada originalmente no ano passado, a portaria foi suspensa depois de uma série de protestos de indígenas, e agora pode voltar a valer.
As 19 condições foram fixadas pelo STF em 2009, ao julgar o processo que autorizou a demarcação contínua da Raposa Serra do Sol. Para a maioria dos ministros, essas regras possibilitaram que cerca de 20 mil índios de cinco etnias ocupassem a área definitivamente, e que os não-índios deixassem o território, aliviando os conflitos fundiários.
Uma das condições impede a ampliação da terra indígena já demarcada. Outras garantem à União o direito de instalar estradas, redes de comunicação, além de bases militares sem necessidade de consulta prévia às comunidades locais. Elas também definem que o usufruto da terra pelos índios não inclui o direito de garimpo, pesquisa e lavra de riquezas minerais sem autorização do Congresso.
Ontem, ao analisar recursos apresentados por índios, produtores rurais, o Estado de Roraima e o Ministério Público, o STF manteve as condições mas esclareceu alguns pontos. A principal conclusão foi que as 19 regras não se estendem a outros casos de forma vinculante.
"A presente ação tem por objeto tão somente a terra indígena Raposa Serra do Sol", enfatizou o ministro Luís Roberto Barroso, que assumiu a relatoria do caso com a aposentadoria do antigo relator, o ex-ministro Carlos Ayres Britto. Ele acrescentou, entretanto, que a decisão pode ter repercussão sobre procedimentos semelhantes em outros tribunais.
A maioria dos integrantes do STF seguiu o voto de Barroso nesse aspecto, com exceção do presidente da Corte, Joaquim Barbosa, e do ministro Marco Aurélio Mello. Para eles, o Supremo "extrapolou" ao definir regras de demarcação. "O tribunal agiu como um verdadeiro legislador", criticou Barbosa.
Ao decidir dessa forma, o STF optou por um meio termo. Enquanto produtores rurais queriam que as 19 condições valessem automaticamente para todos os casos de demarcação, indígenas defendiam a queda das condicionantes, ou que se aplicassem só ao caso específico da Raposa Serra do Sol.
Ao analisar os recursos, o STF também esclareceu que os processos de demarcação não podem ser revistos para ampliar as terras indígenas - mas isso poderia ser feito por novas desapropriações, com pagamento de indenização. A corte definiu ainda que os índios não podem explorar o garimpo economicamente em suas terras, mas podem extrair recursos para fins artesanais. A área da Raposa Serra do Sol é rica em diamante e ouro.
Segundo o STF, cabe aos índios tomar decisões sobre a presença de missionários e templos religiosos em suas terras. Para permanecer no território demarcado, basta integrar a comunidade, independentemente de vínculos de sangue. "Pessoas miscigenadas que vivam na comunidade e que sejam aceitas evidentemente podem permanecer na região. O que interessa é sua comunhão com o modo tradicional dos índios da região", disse Barroso.
O Supremo também esclareceu que os índios não podem impedir a passagem de pessoas por estradas que atravessam a área demarcada. As escolas municipais ou estaduais que funcionam nas reservas devem continuar operando normalmente, desde que respeitem as leis federais sobre currículo e educação indígena.
Os ministros ressaltaram que todas as ações pendentes envolvendo terras na área indígena deverão ser julgadas pelas instâncias locais do Judiciário, levando em conta decisão do STF.

Ex-deputados gerem negócios de mineração

Ex-deputados gerem negócios de mineração

Sergio Lima/Folhapress - 04/09/2012 / Sergio Lima/Folhapress - 04/09/2012Guimarães foi levado por Rocha para um encontro com ex-garimpeiros: "Percebi que eles tinham um problema de gestão"
Investidores de Minas Gerais, Brasília e São Paulo entregaram este ano cerca de R$ 8 milhões para o ex-deputado federal pelo PT de Minas Gerais Virgílio Guimarães com o objetivo de extrair ouro em montanhas de rejeito na região de Serra Pelada, no Pará. Guimarães não tem experiência em mineração. Foi parar em Serra Pelada pelas mãos de outro petista, o também ex-deputado federal pelo Pará Paulo Rocha.
Os dois atuaram juntos na Câmara Federal. Tinham em comum o interesse por temas relacionados à mineração e à atividade garimpeira. Outro ponto em comum foi o mensalão. Rocha foi acusado de envolvimento no esquema, mas acabou inocentado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Guimarães entrou no episódio de outra forma: como a pessoa que apresentou o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, seu conterrâneo, a integrantes da cúpula do PT à época do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Marcos Valério foi um dos condenados pelo STF por sua atuação no esquema de compra de votos de parlamentares.
O negócio com ouro em Serra Pelada está a cargo de uma empresa de consultoria em gestão de Guimarães, a BS3. Os R$ 8 milhões revelados por ele ao Valor são 100% privados, segundo disse. A maior parte do dinheiro saiu de investidores de Minas. O restante, afirmou o ex-deputado, veio de um fundo de investimentos de São Paulo, que aplicou R$ 1 milhão, e de investidores baseados em Brasília, cujo aporte total foi de R$ 2,5 milhões. Guimarães não revelou quem são os investidores.
Serra Pelada é uma área pertencente ao município de Curionópolis, no Sudeste do Pará. Nos anos 80, migraram para lá cerca de 100 mil pessoas atrás do ouro, que era extraído de um grande garimpo numa cava a céu aberto. Em 1992, o governo federal proibiu o garimpo manual em Serra Pelada. Os garimpeiros e suas cooperativas tentam há anos encontrar um sócio com capital para retirar toneladas de ouro que eles dizem ainda haver na região.
Guimarães conta que em fevereiro, a BS3 fechou contratos com quatro cooperativas de garimpeiros de ouro de Serra Pelada. Seu papel passou a ser, como disse o ex-deputado, ver o que é lixo e o que pode ser aproveitável, identificar o porte do empreendimento e o que pode atrair determinado tipo de investidor. Além disso, a BS3 também passou a captar recursos junto a investidores.
Um deles, o fundo de São Paulo, tem como gestor um ex-ministro, disse Guimarães, sem revelar nome.
O ex-deputado conta que foi parar meio por acaso em Curionópolis. "Ele [Paulo Rocha] me levou para discutir a questão da reserva garimpeira", disse o petista, que identifica em Rocha um bom interlocutor com os ex-garimpeiros de Serra Pelada. "Quando eu fui eu nem sonhava em ser gestor ou ter qualquer tipo de participação." Ao saber que os garimpeiros já haviam tentando diversas vezes um acordo com uma empresa para produzir ouro, Guimarães sugeriu uma alternativa, conta. "Como eu sou economista, sempre mexi com esse assunto, eu mostrei para as pessoas que o que havia ali era um problema muito grande de gestão." Acrescentou que dificilmente as cooperativas conseguiriam atrair investidores porque não confiabilidade para isso. Daí foi um passo para que o próprio Guimarães fechasse contratos com as cooperativas.
Antes, no entanto, Virgílio Guimarães tentou outro negócio. Diz ter agido como uma espécie de corretor e apresentado a possibilidade de investimento em Serra Pelada a uma pessoa próxima a um executivo da holding que controla o frigorífico JBS. "Não era para o grupo JBS, era para uma pessoa física, alguém que tinha empresas próprias e é diretor da holding que controla a JBS", disse. "Eu só fiz um contato com uma pessoa próxima a esse diretor, que se entusiasmou. Ele autorizou um investimento de R$ 15 milhões", disse Guimarães, que se recusou a citar o nome do investidor. A operação acabou sendo cancelada pelo executivo, segundo Guimarães.
Os contratos que fechou então preveem que 44% do que for produzido ficará com cada uma das cooperativas e seus associados e 56% ficarão com a empresa do ex-deputado para cobrir os custos com a contratação de companhias especializadas em mineração e em lidar com a recuperação ambiental e parte para remunerar a BS3. Guimarães não diz quais são suas previsões de ganhos nem a de seus investidores. Segundo ele, a parte que lhe caberá do ouro a ser produzido em áreas de rejeito e em depósitos aluvionares (na superfície) ele venderá para "três ou quatro empresas que atuam nisso" e que se encarregam buscar a produção.
O filho do ex-deputado, o deputado federal Gabriel Guimarães (PT-MG), é presidente da Comissão na Câmara que trata do marco regulatório do setor mineral. "Para evitar algum possível mal entendido, lembro que no marco tem um artigo que é expresso que a lei do garimpo é separada dessa".
Numa fase inicial, numa exploração em uma montanha de rejeito de uma das cooperativas, Guimarães, fala que a perspectiva de produção ainda é pequena. "Nós pesquisamos o rejeito e vamos começar com uma extração de 200 toneladas dia de material inerte e isso vai dar 3 kg de ouro por dia." A cotação do grama do ouro na BM&F Bovespa da sexta-feira era R$ 89,4 o grama.
A produção-piloto está para começar, disse. A área escolhida onde, segundo ele, se dará essa produção inicial é uma montanha de rejeito carregada de mercúrio que pertence à maior cooperativa de Serra Pelada, a Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp). E fica numa área pertencente à Colossus, a mineradora canadense está terminando as obras de uma mina subterrânea e de uma estrutura de processamento do ouro, conforme mostrou uma reportagem do Valor de do início do mês. A Colossus diz não ter interesse no rejeito.
Além da Coomigasp, Guimarães tem contratos para produção de ouro com a Cooperativa Mista Agro Mineral do Rio Sereno, com a Cooperativa dos Produtores, Agricultores e Garimpeiros de Curionópolis e com Cooperativa de Mineração, Desenvolvimento Social e Agromineral dos Garimpeiros de Serra Pelada (CooperSerra). As três funcionam em casinhas simples com telhados de duas águas numa das ruas tranquilas de Curionópolis. A Coomigasp, cujos dirigentes estão em pé de guerra, está numa sede provisória.
Antes mesmo de começar a produzir, Guimarães paga "luvas" às quatro entidades. São uma espécie de antecipação dos ganhos com a produção. São R$ 50 mil reais que a BS3 paga a cada uma das três cooperativas menores e mais R$ 200 mil para a Coomigasp.
O Valor esteve em Curionópolis e conversou com dirigentes das quatro entidades. Todos disseram que os valores antecipados servem para custear a manutenção das cooperativas. "Em tese, as luvas são para manter a cooperativa. Na prática eu não sei, não fiscalizo. Cumpro a minha parte. Isso eu espero que o promotor, os associados, o conselho fiscal façam. No modelo de contrato tinha o pagamento de luvas", diz o ex-deputado.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Existe cerca de 130 espécies minerais classificados como Pedras preciosas

Pedras preciosas (gemas) – LISTAGEM nome
Existe cerca de 130 espécies minerais classificados como Pedras preciosas – gemas, no entanto apresentamos aqui apenas uma parte das pedras preciosas existentes. As pedras naturais são muito apreciadas pela sua beleza e brilho e devido a estas características são muitas vezes escolhidas, pelos artistas de Joalharia, para ostentar as jóias em ouro e prata.

Pedras preciosas, nome de talhes

Tipos de Talhes (lapidações de pedras preciosas)

Talhes (lapidação) em Brilhante
Tipos de Talhes (lapidação) em Degrau
Talhes (Lapidação) Mistos

Pedras preciosas, nomes das espécies mais comuns

Ágata ** Água-marinha e outras variedades de berilo
Agata
Um membro da família do quartzo – disponíveis em uma gama de cores naturais e tingidos.
Ágata tem propriedades curativas e melhora geral os auto-estima.

Agua Marinha
Atraente  sílica contendo alumínio e berílio.
A Água Marinha é  uma pedra preciosa (gema) boa para os olhos e ajuda contra os nervos, garganta, fígado e problemas estomacais. A Água marinha é Uma das pedras preciosas utilizadas em Joalharia.



Ambar
Alexandrita e outrasvariedades de Crisoberilo
Ambar
Um tipo de quartzo cristalino. Sua composição amplifica o pensamento criativo e é pensado para proteger contra doenças do sangue, nevralgia, convulsões, insônia e dor embriaguez.

Alexandrita, pedra preciosa (gema)
É uma variedade do mineral crisoberilo e é uma pedra preciosa muito apreciada e de grande valor. Muda sua cor de acordo com a luz: à luz natural é geralmente verde-oliva, mas à luz artificial assume cor vermelha.



Ametista
Andaluzite
Ametista
Um tipo de quartzo cristalino.
Sua composição aumenta o  pensamento criativo e é uma pedra preciosa (Gema) usada para proteger contra doenças do sangue, nevralgia, convulsões, insônia, dor e embriaguez. A Ametista é Uma das pedras preciosas utilizadas em Joalharia.





Aventurina
Axinite
Aventurina
Pedra de quartzo encontrada em várias cores, geralmente verde.
A Aventuina é bom para as condições da pele e estimula a criatividade.

Axinite
Pedra Natural composta por borossilicato de cálcio, magnésio, manganês e ferro.



Citrino
Cornalina
Citrino
Como ametista, esta é uma forma de quartzo cristalino, mas tem uma atractiva cor amarela.
Usado, o citrino pode trazer um maior controle sobre as emoções e ajuda a circulação de sangue

Cornalina
Um belo quartzo translúcido de uma cor vermelha ou alaranjada.
A Cornalina é uma pedra natural recomendada para o reumatismo, depressão e nevralgia.



Crisocola
Crisoprase
Crisocola
É um mineral de origem secundária e forma-se em zonas de oxidação de depósitos minerais ricos em cobre. Os minerais que ocorrem associados à crisocola incluem, entre outros, quartzo, azurita, malaquita, cuprita. Pode também existir limonita associada.

Crisoprase
A variedade mais valiosa do quartzo cripto/microcristalino (calcedônia), quase inteiramente composta quimicamente de dióxido de silício



Espinela
Pedra da lua (feldespato)
espinela
A espinela constitui uma família de gemas (pedra preciosa) de cores muito diversas devido à presença de impurezas em seus cristais. A mais popular de todas elas, a espinela vermelha, era muito apreciada na Idade Média.

Perda da Lua
Um silicato de alumínio contendo e potássio. A pedra tem um brilho leitoso, as melhores pedras naturais possuem uma cor azulada. A pedra da Lua é uma pedra natural que dá inspiração e aumenta as emoções e contribui com a fertilidade.



Granada
Hematite
Granada, pedra preciosa
Granada contém magnésio e sua cor é um profundo vermelho-sangue.Almandina contém ferro e as cores variam do laranja ao vermelho-púrpura. A granada é uma pedra natural que protege contra a depressão e promove a auto-confiança e auto-estima.

Hematite
É um óxido de ferro.
Benéfico para doenças do sangue. Saldos aspectos masculino e feminino.



Jade – jadeíte e nefrite
Jaspe
Jade
Jade é um silicato com uma cor verde altamente valorizada.
O Jade é uma pedra natural benéfica para problemas renais, atrai boa sorte, promove a amizade e sabedoria.

Jaspe
Jaspe é uma opaca, impura variação do quartzo vermelho, amarelo ou outras cores. Pode ser altamente lustrado e é usado para vasos, selos, etc. Quando as cores estão nas listas ou nas faixas, é chamado jasper listado ou unido.



Lápis-lazúli
Malaquite
Lapis Lazuli

Uma pedra natural que resulta de uma mistura de minerais com uma cor azul profundo, muitas vezes com brilhantes flocos de “Fools Gold”.
Esta é uma pedra muito antiga e é recomendada para o coração e doenças vasculares, promove a auto-confiança.

Malaquite

Uma pedra natural ornamental, muito atraente e contém cobre. A cor é um verde intenso e apresenta alguns raiados nos melhores exemplos deste mineral.
O cobre na malaquite ajuda a atenuar a asma e protege contra a feitiçaria!



Obsidiana
Olivina (Perídoto)
Obsidiana
Tipo de vidro vulcânico, formado quando a lava arrefece rapidamente, por exemplo, fluindo sobre água. Consiste em 70% ou mais de sílica.

Peridoto ou olivina
Constituídos por silicatos de magnésio e ferro. Apresenta-se geralmente com cor verde-oliva (daí o seu nome) ou amarelo-claro, apesar de poder apresentar uma cor avermelhada devido à oxidação do ferro.



Onix
Opala
Onix
Um tipo de ágata, muitas vezes manchado um jato uniforme preto e dado um elevado polonês.
Onyx facilitam a concentração e é um agente importante na cura de doenças da orelha certa.

Opala
Esta é uma pedra natural de sílica hidratada. Estas pedras mostram um jogo forte de cores, são valorizadas para a realização de jóias.
A Opala ajuda em problemas pulmonares, promove a fidelidade e lealdade.



Pérola
Pirite
Pérola
Camadas de madrepérola, podem ser naturais ou cultivadas.

Pirite
A pirite é um mineral de cor amarela latão, de brilho metálico. É uma pedra natural que cristaliza no sistema cúbico, apresentando muito frequentemente faces estriadas.



Prenite
Quartzo e suas variedades, como Olho de tigre, Citrino, Ágata, e Ametista
Prenite
Prenite é um filossilicato de cálcio e alumínio
Para sonhar, lembrar e fazer previsões. Permite o conhecimento interior para a pessoa se preparar para as situações.

Olho de tigreCitrinoAgataAmetista



Sugilite
Tanzanite e outras variedades de zoisite
Sugilite
Tanzanite



Topázio
Turquesa
TopázioO topázio é um mineral nesossilicato de flúor e alumínio.
Turquesa



Turmalina

TurmalinaA Turmalina é Uma das pedras preciosas utilizadas em Joalharia.






Zircão

Minerais que raramente ocorrem em formas com qualidade gemológica:

Axinite
Benitoíte
Bixbite (berilo vermelho)
Cassiterite
Clinohumite
Iolite
Kornerupine
Moissanite natural
Zeólito (Thomsonite)

Materiais artificiais ou sintéticos utilizados como gemas:

Vidro (com elevado teor de chumbo). Coríndon sintética




Espinela sintética Moissanite sintética




Zircônia cúbica sintética


Materiais orgânicos usados como gemas, incluindo:

Âmbar Azeviche
Coral Madrepérola
Marfim Osso
Pérola
Estas são as Pedras preciosas, nomes – LISTAGEM das pedras e Cristais mais comuns

Minério de ferro: novos produtores fazem fila

Minério de ferro: novos produtores fazem fila

Com os preços subindo 80% em apenas seis meses o minério de ferro virou,  novamente, a vedete das commodities.
Analistas, antes tão negativos, fazem previsões de estabilidade de preços em  torno dos US$170/t. Possivelmente, como mostram as performances históricas, eles  estarão errados.
No entanto uma nova onda de minério de ferro se aproxima. Ela deverá inundar o  mercado. São as novas minas que entrarão em produção nos próximos anos.
Só no Brasil temos grandes projetos como o Minas-Rio da Anglo,  o Pedra  de Fogo, na Bahia, da ENRC, Urubu, também na Bahia da Braziron, o Zamapa, no  Amapá da Zamin, Jambreiro da Centaurus e o O2 da O2iron entre outros. Serão, somente no  Brasil, mais de 70 milhões de toneladas por ano que deverão chegar ao mercado em  5 anos. Isso sem contar com as grandes expansões das minas existentes e da Vale.
Na China estima-se que pelo menos 66 novos mineradores comecem a produzir em  novas minas. O esperado, só para a China, é que a que a nova produção supere 430  milhões de toneladas de minério em 2020.
Somente a Vale deverá vender mais do que 400Mt/ano após as expansões de  Carajás.
Majors como a Rio Tinto e a BHP Billiton, com grandes investimentos, começam  a ameaçar a hegemonia da Vale.
Em suma, grandes apostas estão sendo feitas no minério de ferro o que implica  em um mundo com crescimento positivo e em uma China forte.
Uma boa notícia para a mineração como um todo.

Mineração em águas profundas: uma nova corrida do ouro?

Mineração em águas profundas: uma nova corrida do ouro?


A empresa canadense Nautilus Minerals é a líder em exploração mineral em grandes  profundidades. A Nautilus deverá colocar a sua primeira mina, a Solwara 1, em  produção ainda em 2015. Solwara 1 será uma mina de ouro com subprodutos de  cobre, zinco e prata, localizada no Oceano Pacífico próximo a Nova Guiné. O que  torna Solwara 1 diferente das demais minas é que o ouro estará sendo lavrado em  profundidades de 1.600m. Os teores de cobre e ouro, segundo a Nautilus Minerals, (veja abaixo)  são muito elevados e isso está atraindo a atenção de vários países como a China,  Rússia, Japão, França e Índia e mineradoras que estão apenas aguardando os resultados da Nautilus para iniciar as pesquisas e lavras.

A mina de Solwara 1 é decorrente da lixiviação do ouro e metais básicos por  células de convecção das rochas adjacentes aos vents hidrotermais de um vulcão  submarino. A medida que as águas, transportadas pelas correntes vão ficando  saturadas em metais essa pluma metalífera é  precipitada, em ambientes mais  calmos, vindo a se depositar no fundo marinho a 1.600 metros de profundidade  como uma lama metalífera que forma um clássico sulfeto maciço pouco consolidado.
  Solwara - operação submarina  
  A lavra consiste em sucção da lama  metalífera depositada no fundo do mar  
Os recursos estimados em Solwara 1 são:
  • 1Mt @ 7,2%Cu e 5,0g/t Au indicados e 1,54Mt @ 8,1%Cu e 6,4g/t Au  inferidos
As espessuras variam  de zero a 18m de sulfeto maciço de alto teor.
A Nautilus está tomando uma série de providências para causar o menor impacto  possível na vida próxima ao hot spot. Na área não existem corais e os animais já  estão acostumados com as elevadas concentrações metalíferas.
Além dos problemas técnicos a lavra submarina implica em uma nova legislação  mineral internacional que ainda está sendo definida.
No momento a Nautilus espera que o Governo de Papua Nova Guiné se pronuncie  sobre o pagamento de seus 30%. O pagamento inicial deveria ter sido feito na  semana passada.

Fotos : Nautilus Minerals

Como a cegueira política pode inviabilizar as nossas riquezas

Como a cegueira política pode inviabilizar as nossas riquezas

Por Pedro Jacobi  
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Enquanto o Governo Brasileiro ameaça duplicar os impostos sobre a produção  mineral, ter o poder de veto sobre todos os negócios da mineração e acabar de  vez com as empresas de pesquisa no Brasil, o que vai afugentar, mais uma vez, os  investidores estrangeiros, lá do outro lado do mundo, na Austrália, as coisas são muito diferentes... Na semana passada Andrew Robb o Ministro do Comércio da Austrália esteve em  viagem à China onde se encontrou com os principais executivos chineses das  principais empresas compradoras do minério de ferro australiano. A Austrália é a maior  fornecedora de minério de ferro à China e, para o Governo Australiano, essa é uma  relação vital que deve ser duradoura e melhorada o que fez o Ministro ir até a  China discutir com os compradores como melhorar o comércio entre os dois países. No encontro com o Sr. He,  Presidente da Baosteel, Robb falou que existem, somente na Austrália, o  equivalente a 150 bilhões de dólares em projetos minerais a serem desenvolvidos.  Trata-se de um óbvio convite ao capital chinês, tão necessário ao  desenvolvimento da Austrália. Robb falou também que a principal preocupação do  Governo Australiano é a de tornar a Austrália mais competitiva e atraente para  investimentos estrangeiros. Ele disse mais, que a Austrália quer ser uma das  maiores parceiras da China.
A preocupação dos australianos é válida já que a  China é a maior compradora de 123 países ao redor do mundo e cultivar esses  laços comerciais é fundamental para a economia do país.
É triste ver que uma atitude similar não está acontecendo aqui no Brasil. Não  estou nem tentando dizer que um Ministro como Édison Lobão deveria ir até a  China e lá debater com os chineses em prol da mineração brasileira. Acho que  isso seria pedir demais pois aqui no Brasil, o nosso Governo, mostra uma atitude  muito diferente da Australiana e continua acreditando que somos os “reis da  cocada preta” e que todo o mundo quer uma fatia do nosso país e das nossas  riquezas minerais. Foi assim no passado quando a xenofobia brasileira afugentou  os mineradores estrangeiros e seu capital, lançando o Brasil em décadas de  atraso. Está sendo assim agora que estamos atrasando a produção do pré-sal por  mais de uma década pois o Governo acha que temos os maiores e  melhores campos petrolíferos de todo o mundo: um ledo engano. Mais um erro  clássico que nos vai custar décadas de desenvolvimento. Sabemos que o óleo do  pré-sal não é maior, melhor ou mais barato do que outras oportunidades que hoje  impactam o mundo energético como a revolução do folhelho betuminoso que está  ocorrendo nos Estados Unidos e China. Mas, infelizmente, parece que esses  conceitos ainda não  chegaram aos ouvidos do pessoal do Ministério de Minas e Energia mesmo após um  leilão pífio, que atraiu para o ”maior e melhor campo de petróleo do Brasil”  apenas 1 consórcio interessado. Onde estavam os mais de 40 interessados que o  Governo ufanisticamente havia informado?
As coisas estão mudando todos os dias no nosso mundo dinâmico. No passado o  Governo acreditou que éramos os maiores e melhores quando o assunto era energia  nuclear e que as nossas areias monazíticas seriam a solução energética. O país  foi varrido por manifestações ufanistas, da mesma forma como o pré-sal foi  durante o Governo Lula.
Pergunto: alguém sabe o que aconteceu com as areias monazíticas e com a energia  que elas iriam nos proporcionar?
Hoje, ao invés das areias monazíticas temos o pré-sal, petróleo enterrado nas  profundidades imensas do oceano, com custos de extração elevados onde o mínimo  erro causará um desastre.Atrasar a produção do pré-sal nos coloca em um sério  risco de termos um petróleo caro e pouco competitivo em uma época onde outras  fontes poderão ser mais viáveis.
O MME ainda não percebeu que, mais uma vez, estamos perdendo o bonde da  história. Perdemos no passado e estamos perdendo hoje quando não percebemos o  que está acontecendo no mundo da energia e da mineração. O pré-sal foi  descoberto há seis anos e Libra talvez entre em produção entre 5 a dez anos. O  Brasil pode atrasar a produção dos grandes campos do pré-sal em até 15 anos.  Será que em dez anos a economicidade do pré-sal será competitiva?
Temos que extrair esse petróleo do pré-sal ontem! Amanhã ele  poderá ser inviável economicamente pois novas fontes de óleo mais baratas  estarão em produção.
Da mesma forma o MME erra, mais uma vez, quando tenta obrigar a sociedade e a  mineração a aceitar um Marco Regulatório da Mineração que por ser tão ruim se  tornou uma unanimidade em todo o mundo mineral. Esse MRM carrega no seu bojo  mais ingerências do Estado, o fim da pesquisa mineral pelas empresas junior de  mineração e mais cargas tributárias que irão dobrar as já existentes. O MRM é a  perfeita receita para afugentar de vez, os investidores da mineração do Brasil  tudo que o ministro Australiano tenta não fazer. Por mais que essas ideias sejam debatidas e propagadas, o nosso Governo continua  fazendo ouvidos de mercador e os nossos Ministros continuam sendo "emprenhados pelos ouvidos" por “técnicos de alto escalão” que não sabem,  não podem ou não  querem apontar as soluções que certamente existem e que já estão sendo debatidas em  todos os cantos do Brasil por quem realmente entende do assunto.
Enquanto isso, lá do outro lado do mundo, em Beijing, estará se desenrolando mais  um encontro sobre a criação de um acordo de livre comércio entre a China e a  Austrália, que se aprovado irá mudar substancialmente o comércio da mineração mundial.
O que nós estamos fazendo quanto a isso?

sábado, 26 de outubro de 2013

Esmeraldas colombianas: o encanto verde

Esmeraldas colombianas: o encanto verde

Haga click sobre la imagen para ampliarla Museo de la Esmeralda en Bogotá Museo de la Esmeralda en Bogotá
Uma cor que identifica a Colômbia tanto quanto as três cores de sua bandeira, é o verde: o das extensas planícies, montanhas e reservas naturais; o verde que colore muitas de suas férteis paisagens e que rodeia seus rios, quebradas e cascatas; o verde da Amazônia e da espessa selva presente nas costas sobre o oceano Pacífico.
A Colômbia também se identifica com um verde brilhante que não se nota a simples vista e que está engolido pelas montanhas da Cordilheira Leste entre os estados de Boyacá e Cundinamarca. É o verde de suas esmeraldas, as mais famosas do mundo.
As esmeraldas colombianas são as mais famosas do mundo.
Há muitos motivos pelos quais a Colômbia tem prestígio internacional. Ser o primeiro produtor mundial de esmeraldas é um deles, já que na produção total de esmeraldas, o país contribui com 55%, contra 15% de países como o Brasil e a Zâmbia que o seguem na lista. E não é questão só de quantidade, mas também de qualidade, pois graças a suas características esta pedra preciosa colombiana é uma das mais cobiçadas.

Lenda das esmeraldas

A Colômbia produz 55 por cento do total das esmeraldas no planeta. Em seguida estão o Brasil e a Zâmbia.
Como muitas das tradições colombianas, a história da esmeralda se atribuiu a uma série de contos que disputa veracidade com as causas geológicas da pedra preciosa na Colômbia. Existe uma lenda que conta a existência de dois seres nativos: Fura e Tena, mulher e homem criados pelo deus Ares com o objetivo de que, sem infidelidades, povoassem a terra em troca de sua eterna juventude. Fura, a mulher, falhou à promessa, causando seu acelerado envelhecimento e a morte de Tena.
Ares com pena dos infelizes os converteu em duas formações rochosas protegidas por tempestades e serpentes e em cujas entranhas as lágrimas de Fura se tornaram esmeraldas. Hoje, as serras de Fura e Tena, com uma altura de 840 e 500 metros sobre o vale do rio Mineiro, protegem a zona de esmeraldas da Colômbia. Localizam-se a 30 km ao norte das minas de Muzo, entre as de maior produção da Colômbia.

Boyacá e Cundinamarca, as zonas de esmeraldas da Colômbia

E assim em Muzo, na zona nordeste do estado de Boyacá, é onde se concentram as maiores jazidas desta pedra preciosa. Além de Muzo, destacam-se as minas de Borbur, Coscuez, Chivor, Peñas Blancas, La Pita e Quípama (esta última caracterizada pelo predomínio da mineração informal, os chamados guaqueros). Gachetá e Gachalá, dois municípios do nordeste de Cundinamarca, completam a zona mais importante de exploração de esmeraldas do país.
Na mina Las Cruces, da população de Gachalá (Cundinamarca), extraiu-se La Emilia, a maior pedra de esmeralda já encontrada até agora com um peso de 6.900 quilates.

O trabalho na escuridão

Mas o brilho e a beleza espetacular da esmeralda colombiana são qualidades antecedidas pelo difícil trabalho dos mineiros. É uma árdua tarefa que, segundo se afirma, tem uma história anterior à existência de Jesus Cristo, quando os antepassados penetravam as montanhas para oferecer o que encontravam a seus deuses.
Milhares de homens têm o rosto marcado pela escuridão resultante das suas longas jornadas dentro das minas em busca desse encanto verde que em sua composição química é uma pedra de berilo que deve sua cor ao conteúdo de cromo e vanádio, dois elementos químicos muito escassos na superfície terrestre e uma das razões que influi no valor da esmeralda, sendo a única pedra cristalina de cor verde.

Características das esmeraldas

O valor da esmeralda se determina segundo a cor, o tamanho, a pureza e o brilho.
O trabalho do mineiro é o passo inicial e o mais complicado no processo da esmeralda, cujo valor se determina segundo a cor, o tamanho, a pureza e o brilho. Avaliadas estas características, o preço de uma pedra pode estar entre dez e quatro milhões de dólares, ainda que não seja muito frequente encontrar uma gema de tão considerável valor.
Ainda que verde seja a cor genérica da esmeralda, nem todas as pedras conservam tal pureza em sua tonalidade, característica que os experientes identificam plenamente à hora de estabelecer o valor. Nesta ordem de idéias, há cinco classes distintas de esmeraldas:
  • verde azulado,
  • verde ligeiramente azulado,
  • verde muito ligeiramente azulado,
  • verde ligeiramente amarelo
  • e verde profundo
A cor verde profundo é a mais formosa, a mais escassa, a mais valiosa, mas também a mais exclusiva, a que só se encontram nas entranhas da Colômbia.

Corporação Museu da Esmeralda Colombiana (MEC) em Cartagena

Durante muitos anos na Colômbia não existiu um espaço onde se lapidassem peças exóticas das esmeraldas mais famosas do mundo, com suas formas e variedades. É por isso que há mais de 30 anos um grupo de pessoas interessadas em resgatar o verdadeiro valor histórico, cultural e natural da esmeralda, se reuniu para pôr à disposição dos turistas a Corporação Museu da Esmeralda Colombiana (MEC) em Cartagena.
Na Colômbia se encontram diferentes cristalizações da esmeralda, pouco conhecidas no mundo por sua escassez, cuja importância geológica é de uma importância incomparável no patrimônio cultural.
Hoje em dia, na Corporação Museu da Esmeralda Colombiana se dá a conhecer a evolução do mineral, desde que se forma na natureza até seu comprador final e oferece uma exibição dos exemplares mais interessantes e as maiores esmeraldas com a mais ampla gama de cores (verde arroz, verde azul, verde amarelo e algumas com o característico fogo interior).
Este interessante museu constitui ao mesmo tempo um espaço pedagógico de análise, investigação científica e certificação de autenticidade das esmeraldas colombianas. Para ampliar a informação sobre as esmeraldas, MEC abre também suas portas às exposições da pintura, a escultura, a joalheria, o artesanato, a fotografia e a literatura, disciplinas que reconstruíram em grande parte a história da esmeralda e que enriquecem a sua mostra.
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Dados do Museu da Esmeralda em Cartagena

Localizção:
Centro histórico, calle D. Sancho N° 36-75, Cartagena de Indias
Telefone:
+ 57 (5) 664 4075
E-mail:
museodelaesmeralda@hotmail.com

Um museu para a esmeralda

Tornou-se necessário para a esmeralda colombiana que além de ser elemento símbolo do país, muito desejado por homens, mulheres, joalheiros e talhadores, também tivesse um lugar especial para a difusão de sua história, suas características e processos. Apesar de estar exibida em prestigiosas joalherias nacionais e internacionais, faltava um lugar em sua honra. Assim nasceu o Museu da Esmeralda de Bogotá.
Inspirado no Museu de Diamantes de Munich, este recinto de 670 metros quadrados conserva uma coleção de mais de três mil pedras preciosas tiradas das minas de Coscuez, Muzo e Chivor. Além disto, recria a realidade do trabalho mineiro através de um desnível artificial onde o visitante aprende com experientes guias a respeito da exploração e da explosão das jazidas de esmeraldas.
Agora, os viajantes que cheguem a Bogotá, sabem que contam com um atrativo a mais para aprender da Colômbia e suas riquezas, um museu no 23° andar do edifício Avianca (esquina da carreira 7 com rua 16) para entender o valor e o significado da prestigiosa gema verde, cuja exploração se dá a poucos quilômetros da cidade.
As esmeraldas colombianas, lágrimas da índia Fura, se escondem no meio dos penhascos, como um desafio para o mineiro, uma paixão para o talhador e uma obsessão para quem sente falta de expor-se com este acessório como um fino ornamento. Além da ostentação, usar uma esmeralda, significa contar as coisas boas e bonitas da Colômbia.