sábado, 23 de agosto de 2014

Gás do xisto: enquanto os Estados Unidos mergulham no novo boom do re-fracking nós, no Brasil, anestesiados em..

Gás do xisto: enquanto os Estados Unidos mergulham no novo boom do re-fracking nós, no Brasil, anestesiados em berço esplêndido, ainda nem sabemos o que é fracking...
Tem hora que nos dá vontade de sair às ruas gritando contra o imenso atraso que o Brasil está enfrentando graças a uma política governamental  retrógrada e mal informada, que ainda não colocou em produção os nossos gigantescos recursos de gás e óleo dos xistos e folhelhos.

Todo o cidadão que ama o Brasil deve se sentir abandonado e desassistido quando vê que as autoridades brasileiras permanecem deliberadamente inertes quando o assunto é o gás do xisto.  Talvez elas prefiram comprar “refinarias nos Estados Unidos”...

A produção de gás e óleo dos xistos é a única revolução econômica que está, literalmente, na nossa mão e que ainda não foi feita. É uma verdadeira revolução socioeconômica que irá beneficiar diretamente a população do nosso atrasado e necessitado país, que ainda  importa gás e petróleo, mesmo tendo uma das maiores reservas de xisto  do mundo. Só falta vontade política...

Nós convivemos com preços de combustível exorbitantes (57% acima do preço da gasolina americana), e com contas de eletricidade que sobem três vezes mais do que a inflação: tudo por que os nossos políticos e empresas governamentais são incompetentes em produzir os hidrocarbonetos que estão no nosso xisto.

Talvez você se pergunte como eu posso ter tanta certeza sobre o assunto.

A minha resposta é simples: a revolução do xisto americano já aconteceu, ela tem décadas de sucessos e todos os benefícios e malefícios que eles tiveram estão aí para serem replicados ou evitados, se formos inteligentes, é claro...

Nos últimos dez anos, a exploração de hidrocarbonetos do xisto americano causou o maior impacto econômico na indústria da maior potência mundial do Planeta Terra

Estou falando da maior economia do mundo, que antes do xisto, era a maior importadora de petróleo e gás do planeta e que é mais de sete vezes maior do que a do Brasil. Hoje os Estados Unidos estão se tornando país exportador de gás e óleo, tem custos de gasolina e gás natural baixíssimos, uma indústria do aço revitalizada e estão em plena revolução econômica.

Graças ao xisto!!

Por que não imaginar que algo MUITO MAIOR possa ocorrer aqui no Brasil, que temos uma economia sete vezes menor, mas reservas de xistos tão grandes quanto as dos Estados Unidos?

O mesmo xisto que nós temos de sobra em praticamente todos os Estados da Federação e que criminosamente, deixamos de lado enquanto milhões de brasileiros reclamam da energia e combustíveis caros, da falta de infraestrutura, de uma educação quinto-mundista, de uma saúde castrista e de um IDH africano.

O descaso com as nossas riquezas minerais é criminoso. Não podemos aceitar que brasileiros morram nas filas de hospitais enquanto os nossos xistos continuam no chão impregnados de gás e óleo, que podem mudar para sempre a nossa economia e o nosso povo.

As autoridades brasileiras são tão ignorantes que ainda estão tentando descobrir o que é o “tal de fracking”, pergunte ao seu Deputado e Senador...

Eles já deveriam ter enviado várias comitivas de políticos, técnicos e geólogos para os Estados Unidos para ver, estudar e entender o que é a revolução do xisto e como nós podemos fazer a nossa sem incorrer nos erros deles.

Enquanto nós dormimos, anestesiados, em berço esplêndido nos Estados Unidos a revolução do fracking já se transformou. Hoje eles estão embarcando na segunda onda: a do re-fracking.

Como havíamos informado no Portal do Geólogo, as produções dos poços de produção caem vertiginosamente, após quatro anos o que obriga as empresas a continuar furando em um ciclo interminável.
Esta exaustão rápida parecia ser a maldição do fracking e, lógico, a salvação das empresas de sondagem.

Mas as coisas estão mudando em um novo nome invade os escritórios das empresas produtoras: o re-fracking.

Como você já deve ter entendido o re-fracking é uma nova tecnologia que permite que um poço já existente possa sofrer um novo faturamento hidráulico (fracking para os íntimos).

O fracking foi o primeiro passo e colocou a produção de petróleo e gás americana no maior pico em 25 anos. Mas o re-fracking vai acelerar muito mais essa situação, pois colocará em produção aqueles poços quase exauridos e abandonados.

O processo do re-fracking é muito inteligente e acaba com um dos grandes mitos desta exploração que o da contaminação de aquíferos.

O que ocorre no re-fracking é que minúsculas bolas de plástico são injetadas, em alta velocidade, nos furos exauridos. Essas bolinhas de plástico vão impermeabilizar as fraturas que estão com a menor pressão e que são as principais causadoras da exaustão da produção ao longo do tempo.

Ao “soldar” essas fraturas a pressão do gás no interior do poço se multiplica, fazendo a produção aumentar consideravelmente. É a revitalização dos poços abandonados.

O re-fracking é um método razoavelmente barato e custa em torno de US$1 milhão por furo o que é menos de dez vezes o custo de um furo inicial.

Operadores já mediram vazões de 1,3 milhões de pés cúbicos por dia em furos revitalizados onde foi usado o re-fracking. Eles começam a expandir o método para outros campos.

Os resultados são tão bons que a maioria dos grandes operadores já estão cogitando usar o re-fracking em seus poços abandonados que agora não são mais chamados de velhos, mas de “vintage” em uma alusão ao vinho de safras antigas.

Nos Estados Unidos existem milhões de furos de produção onde o fracking foi utilizado. O potencial do re-fracking é, consequentemente, imenso e pode adicionar trilhões à economia americana com um custo de 10% dos custos iniciais...

Enquanto isso, aqui no Brasil do xisto abundante, nós aguardamos esperançosos que o próximo(a) Presidente faça a revolução que a atual não conseguiu fazer.

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